Avançado com uma alma enorme que se entregava completamente ao jogo, aliando a essa raça, uma boa técnica e uma grande mobilidade, que lhe permitiam desempenhar várias funções do meio-campo para a frente, sempre com alto rendimento.
Natural do Porto jogou nos iniciados do principal clube da Cidade, mas foi no Salgueiros que concluiu a sua formação e onde iniciou a sua carreira de futebolista profissional, dando logo nas vistas e chegando a Selecção de Esperanças que ajudou a atingir a Final do Europeu de 1994.
Transferiu-se para o Sporting em 1994 e pela mão de Carlos Queirós, pegou logo de estaca na equipa principal, estreando-se a marcar, num jogo contra o Farense, a contar para a 1ª jornada do Campeonato, numa época em que conquistou a Taça de Portugal, troféu que o Sporting já não ganhava há 13 anos, e em que chegou à Selecção A, ao serviço da qual esteve presente no Europeu de 1996.
A 30 de Abril de 1996 viveu a sua grande noite, quando marcou dois dos três golos com que o Sporting derrotou o FC Porto na Finalíssima da Supertaça, disputada em Paris, numa altura em que já era uma das principais figuras do Sporting, um jogador carismático e um símbolo da raça leonina, com uma relação muito próxima com os adeptos, principalmente com os das claques, que o baptizaram como "Ricardo Coração de Leão".
Impulsivo e irreverente, viu a sua ascensão ser travada por um acto irreflectido, quando agrediu o Seleccionador Nacional Artur Jorge, o que lhe custou uma suspensão de um ano, acabando por ser vendido à Real Sociedad de Espanha, onde esteve três temporadas.
Quando voltou para Portugal integrando o plantel do então Campeão Nacional Sporting Clube de Portugal. No seu palmarés, além de 50 golos marcados na 1ª divisão portuguesa, encontram-se duas Taças de Portugal e um Campeonato Nacional. Ricardo Sá Pinto é também jogador da selecção nacional e conta com varias participações em Campeonatos da Europa e do Mundo. Após uma despedida do Sporting, transferiu-se para o Royal Standard de Liége, na Bélgica, utilizando na camisola o número 76, em homenagem á claque sportinguista Juventude Leonina que foi criada nesse mesmo ano de 1976. A Juventude Leonina também ostenta em todos os jogos uma tarja em honra do "Grande Capitão", Ricardo Sá Pinto.